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"Olhe estes olhos. Escute esta voz. Toque este cabelo. Agarre este corpo. Destrua este coração."

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Sinal Fechado

"– Olá! Como vai?
– Eu vou indo. E você, tudo bem?
– Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro... E
você?
– Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranqüilo...
Quem sabe?
– Quanto tempo!
– Pois é, quanto tempo!
– Me perdoe a pressa - é a alma dos nossos negócios!
– Qual, não tem de quê! Eu também só ando a cem!
– Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí!
– Pra semana, prometo, talvez nos vejamos...Quem sabe?
– Quanto tempo!
– Pois é...quanto tempo!
– Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das
ruas...
– Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança!
– Por favor, telefone - Eu preciso beber alguma coisa,
rapidamente...
– Pra semana...
– O sinal...
– Eu procuro você...
– Vai abrir, vai abrir...
– Eu prometo, não esqueço, não esqueço...
– Por favor, não esqueça, não esqueça...
– Adeus!
– Adeus!
– Adeus! "

Chico Buarque

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Delírios de um Coração Dolorido

-A música me fez lembrar subitamente você. De repente seu cheiro invadiu minha casa, cada cômodo, cada canto. Então, por instantes, pensei que você estivesse aqui… Engano meu, talvez uma sobra da sua presença, do seu desejo, mas Você, não, você não estava aqui.

-E então meu coração morreu. Assim naturalmente como cai uma folha no outono. Silenciosa e calmamente ele morreu. O Silêncio do ar, o adeus dos sentidos… Senti-os calmamente. Não havia motivo para desespero. Não havia remédio. O que era para ser seria, quisesse eu ou não. Porém você não me deixou ir, sua voz despertou o Ar e os Sentidos me fazendo voltar das trevas em que me abrigara.

-As paredes da minha casa possuem vida. Cada parede possui voz. Cada voz me lembra algo. Essas paredes possuem às vezes, mais vida que eu. Elas na verdade, possuem minha vida, em pedaços, em cacos e quando eu me for apenas elas ficaram, com suas vidas, suas vozes e Minhas lembranças.

-A saudade começara a destruir a casa com seus gritos. A Solidão escorria pelas rachaduras nas paredes. A Dor que sempre estivera aqui sentada me observando, agora se levantara e me encarava com um sorriso diabólico.

-Ah, o doce olhar da menina. Ela se balançava debilmente no balanço enferrujado. Cantava uma cantiga que eu um dia também soubera, mas que agora já apodrecia na minha cabeça. Ela com seus longos cabelos negros chorava lágrimas de sangue e girava a cabeça da boneca que jazia em seus braços. ‘Desespero… ’ Sussurrei para mim mesma, ‘Me chamou? ’ sussurrou a garota de volta. Era o fim da Esperança nos braços do Desespero.

-Naquele dia negro eu vira um rapaz na chuva. Olhando pro céu com olhos inexpressivos. Não sabia se chorava ou não, as lágrimas se misturavam á chuva. Segurava entre os dedos um delicado relicário. Aproximei-me dele e o ouvi sussurrar para a chuva ‘Como a Doce Morte’. Ah minha doce e companheira, Morte.

Lady Caos

Os Botões

Meus botões falaram comigo.
Pensei que estar louca por falar com eles, mas acho que estava louca por tê-los ouvido responder.
E responderam com uma coerência digna de um acadêmico.
Estranho, vindo de simples botões de plásticos.
Se fossem de Madre-pérola, talvez achasse 'normal', mas de simples botões plásticos?
Sempre os achei extremamente superficiais.
Os botões das minhas blusas de tecido sempre pareceram sérios e elegantes,
Os das calças jeans, tão duros e vazios.
Mas eles falaram.
E falaram mais perfeitamente que os Zíperes.
Esses eram brocos. Falavam errado e não diziam nada.
Preferi quando os botões de plástico falaram comigo.
E falaram comigo com uma coerência digna de acadêmicos.
Meus botões falaram comigo.

Lady Caos

Cotidiano

Todo dia ele faz tudo sempre igual,
Pega o mesmo o ônibus ás 6h da manhã,
Me ignora total e completamente
E nem me dá bom dia de manhã.

Todo dia ele faz tudo sempre igual,
Passa o cartão quase ao mesmo tempo que eu,
Pega um café e se enfia num livro,
Me pergunto se ele um dia notou que eu existo.

Todo dia ele faz tudo sempre igual,
Ao sair vai para um lugar que eu não vou,
Segue sempre uma rua contrária a minha,
Mas sempre me encontra no caminho.

Todo dia ele faz tudo sempre igual,
Ajeita os óculos no nariz,
Lê a nova edição de sua revista,
E ri baixo, um sorriso doce.

Neste dia ele não fez tudo bem igual,
Desceu no mesmo ponto que o meu,
Me tocou o braço calmamente
E finalmente perguntou-me quem sou eu.


Lady Caos

Lugares, Perfumes, Pessoas.

Existem lugares que me fazem lembrar, pensar 'o que aconteceu?'. Existem lugares que me fazem cantar alto, músicas que não sei direito. Existem lugares que me dão nós na garganta, de tão belos ou de tão vazios. Existem lugares que me fazem querer correr e rir. Existem lugares que só pelo fato de existirem me trazem paz. Existem perfumes que lembram pessoas. Existem perfumes que me lembram lugares. Existem perfumes que me lembram acontecimentos. Existem perfumes que me fazem chorar, de tão nostálgicos ou de tão ruins. Existem perfumes que me fazem querer correr e rir. Existem pessoas que me lembram pessoas. Existem pessoas que me lembram lugares. Existem pessoas que me feriram. Existem pessoas que curaram minhas feridas.Existem pessoas as quais feri. Existem pessoas que me abandonaram. Existem pessoas que me aceitaram de braços bem abertos, e outras com braços nem tão abertos assim. Existem pessoas que me marcaram. Existem pessoas as quais marquei. Existem pessoas que me apóiam. Existem pessoas que se apóiam em mim. Existem pessoas que me inspiram. Existem pessoas com as quais eu sonho, com as quais convivo, as quais ignoro.
Existem pessoas.
Existem cheiros.
Existem Lugares.
Existo eu e você.
Existimos nós, vós e eles.
E daí?


Lady Caos
E o sorriso congelou, na veia do tempo
foi, voltou, desalento.
O sorriso passou, violento
Olhou, sorriu, passou no vento.

O olhar notou, um futuro frio
Nos dias, nos meses, nos fios.
O olhar parou, um tanto vazio
Teria sido aquilo, um assobio?

Os sons cessaram, abruptamente
Me doeram os ouvidos.
O silêncio se vestiu de branco,
Se vestiu de vidro.
E então foi-se embora, quebrou-se
num grito.


Lady Caos

Todas as cartas de amor...

Fernando Pessoa
(Poesias de Álvaro de Campos)


"Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)


Álvaro de Campos, 21/10/1935"

Mudanças.

"Hoje eu vou mudar.
Vasculhar minhas gavetas,
Jogar fora sentimentos
E ressentimentos tolos.

Fazer limpeza no armário,
Retirar traças e teias
E angústias da minha mente.
Parar de sofrer
Por coisas tão pequeninas,
Deixar de ser menina
Pra ser mulher!

Hoje eu vou mudar.
Por na balança a coragem,
Me entregar no que acredito
Pra ser o que sou sem medo.

Dançar e cantar por hábito
E não ter cantos escuros
Pra guardar os meus segredos.
Parar de dizer:
'Não tenho tempo pra vida'
Que grita dentro de mim
Me libertar!

Hoje eu vou mudar.
Sair de dentro de mim
E não usar somente o coração,
Parar de cobrar os fracassos
Soltar os laços
E prender as amarras da razão!

Voar livre,
Com todos os meus defeitos
Pra que eu possa libertar
Os meus direitos
E não cobrar dessa vida
Nem rumos e nem decisões!

Hoje eu preciso
e vou mudar.
Dividir no tempo
E somar no vento
Todas as coisas
Que um dia sonhei
conquistar,

Porque sou mulher
Como qualquer uma
Com dúvidas e soluções
Com erros e acertos
Amor e desamor.

Suave como a gaivota
E ferina como a leoa
Tranqüila e pacificadora
Mas ao mesmo tempo
Irreverente e revolucionária!

Feliz e infeliz
Realista e sonhadora
Submissa por condição
Mas independente por opinião,

Porque sou mulher
Com todas as incoerências
Que fazem de nós
Um forte sexo fraco!"

(Vanusa)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Crônicas de Pandora: Titulo II

Pedro corria pelas ruas estreitas do subúrbio da ala leste de Wonders. A arma no cós da calça não ajudava na corrida, mas ajudaria se precisasse parar de correr. Os gritos e passos dos guardas da marinha atrás dele davam uma espécie de força pra que ele aumentasse a velocidade e sumisse da vista deles. Subiu uma escada de emergência e sentou arfante no telhado do prédio. Ele olhou para baixo e riu consigo mesmo ao ver os guardas coçando as cabeças irritados por tê-lo perdido de vista. Roubar aqueles lençóis do Quartel da Marinha para dar aos mendigos da ala leste foi uma brincadeira que quase lhe custou o cu. Mas valeu a pena ver aquela família feliz em seu esconderijo, com lençóis novos.
Pedro encarou o céu azul por mais um tempo, olhou novamente pra baixo pra ver se os guardas já tinham ido e desceu. Ele morava do outro lado da cidade, na ala oeste, mas sempre saía do seu distrito para ajudar quem precisasse. Desde garoto ele era assim, um dos poucos humanos com algum senso de auxílio e amor pelo próximo.
Ele estava na metade do caminho quando de repente os carros nas pistas começaram a bater, capotar, parar. As motos caiam sem motoristas, e os capacetes sem cabeças pra proteger rolavam pelas pistas. Um avião desabava ao longe e um helicóptero caiu a centímetros de onde Pedro estava. Ele estava em choque. Onde estavam as pessoas que guiavam esses meios de transportes? O que diabos estava acontecendo?
As calçadas segundos antes lotadas, agora estavam vazias e frias. O silêncio das vozes fez com que Pedro se arrepiasse. As pessoas simplesmente sumiram, desapareceram no ar. Por que elas sumiram? Por que ele não sumira também? Por que os carros e motos e aviões e helicópteros não sumiram também? A cabeça de Pedro estava a mil.
Sentiu-se tonto, sentou no chão com a cabeça entre as pernas. "Quem sabe eu não estou viajando?" Pensou ele. Levantou a cabeça lentamente. Só nada. Carros batidos, incêndios e algumas pequenas explosões, mas nada de vida humana. Pedro sentiu um aperto no peito seguido de um enjôo. Sua família? Desaparecera também? Levantou-se de súbito, pegou uma moto na pista e foi pra sua casa.
Ao entrar no distrito viu alguns cavalos e sua esperança ganhou força. Talvez sua família estivesse bem, estivesse lá. Talvez não. Pedro chegou em casa, abriu a porta e Não, Nada. Em lugar algum, de modo algum. E depois de vomitar e chorar Pedro desejou ser nada, como sua família era agora.

Crônicas de Pandora: Titulo III

Pandora desabou. Como Dr. Hatter pôde ter feito isso com ela? Ele sabia o que aquilo era, ele sabia o que tinha dentro, e mesmo assim, sem pena, o dera de presente á Pandora. Ela não conseguia entender. Olhou para o vestido de noiva e se permitiu esquecer de todos os outros que tinham sido afetados pela caixa. Olhou para o vestido e lembrou de tudo que vivera até agora. Lembrou-se do seu noivo, dos seus pais, da sua família. Por que de repente tudo, desaparecera no ar? Ela sentia as forças se esvaírem e a garganta não tinha mais forças pra soluçar. Levantou-se capengando, agarrando a única coisa que lhe restara: o bilhete. Saiu e a secretária, Hera, desaparecera. Assim como todos os outros do hospício."Desgraçados." Sussurrava Pan, caminhando mole para fora do lugar.
Vazio. Silêncio. Pan se sentiu a última pessoa no mundo. E talvez fosse. Ou talvez não. Desistiu de chorar e pensou nisso como uma esperança. "E se a caixa afetou apenas Cheshire? E se outras cidade ainda estão intactas?" Pan largou o bilhete e agarrou-se á isso com todas as suas forças.
Pegou um carro na rua e dirigiu até sua antiga casa. Vazia e silenciosa como todo o resto. Trocou de roupa, queimou o vestido, fez algumas malas, fez alguns lanches e ganhou a estrada. Chegou na primeira cidade ao amanhecer. Alguns animais, alguns acidentes, alguns incêndios, nenhum corpo, ninguém vivo. "Invadiu" um hotel 5 estrelas e tentou dormir. Tentou...

"-Olha amor, o doutor Hatter me deu um jarro com temas gregos. É lindo todo em mármore, você não achou?
-É bonito mesmo... olha que legal amor, tem a história de pandora talhado nele...
-Ele me pediu para não tirar a tampa dele...
-Ué por que?
-Não sei, mas por via das dúvidas, não vou tirar. Não agora pelo menos..."

"-Pan o que está fazendo? Temos que ir, seu noivo está esperando!
-Já vou... só vou... abrir isso aqui e..."

-AH! - Pan acordara do sonho/lembrança.

Sentiu-se culpada, sufocada, triste, irritada, só. Como uma merda de jarro pode destruir tanto? Não deveria ter aberto aquilo. Ela sabia bem disso.
Ligou a Tv na esperança de alguma esperança e nada. Em canal algum. Alguns chiavam, outros tinham um cenário de jornal vazio. Mas nem sinal de vida. Pegou o celular e ligou para todos os números contidos nele. Nem as operadoras de telemarketing estavam mais lá. Pan não tinha mais sentido, nem objetivo. Não tinha idéia do que faria dali a frente.
De tão cansada adormeceu. Acordou no outro dia determinada a encontrar mais algum "sobrevivente". Nem que para isso fosse preciso dar a volta no país.

Crônicas de Pandora: Titulo I

Até mesmo os barulhos do dia-a-dia, que normalmente se fazem altos, aquela noite estavam histéricos. Os alarmes dos carros doíam nos ouvidos, mais altos que nunca. As buzinas sendo tocadas infinitamente, sem pausa. As gotas de chuva nos vitrais da Igreja não perdiam em nada para o som de balas. Os sinos, os sons que Pandora mais precisava ouvir, eram os únicos calados. E era esse silêncio em especial o que mais doía. Pandora correu para fora da igreja, para o meio da chuva bruta. Tinha um lugar que ela precisava ir.
Os 'toc-toc' dos saltos em fuga pareciam urrar desesperados. A barra do vestido, antes branca, agora tornara-se negra de lama e pressa. Ela não imaginara que as coisas tomariam tal rumo. Não imaginara que seu casamento fosse dar tão errado. Talvez acontecessem alguns imprevistos, mas o que acontecera fora um tanto imprevisto demais para Pandora. O vestido agora pesava 6 quilos de puro Cetim e chuva. Ela se amaldiçoava aos prantos por ter escolhido aquele vestido. Mas que culpa tinha ela? Nunca iria imaginar que ia acontecer o que aconteceu. Nunca mesmo. E ela se amaldiçoou mais por ter aceitado aquele presente, por tê-lo aberto, por ter ouvido um médico de loucos tão louco quanto eles. "Como eu escapei?...Não queria ter escapado!" Repetia ela para si mesma enquanto corria pelas ruas desertas. Os carros alarmavam vazios, as buzinas tocavam sozinhas, motos, ônibus, batidas... Quantas pessoas teriam sido afetadas?
Pandora estava tão perturbada que ignorou os carros, as motos, os ônibus e seguiu correndo aos prantos pela cidade fantasma. Seguiu correndo para o único lugar que poderia ter uma resposta "lógica" para tudo aquilo: Cheshire's Psychiatric hospital. Sim, um Hospício.
Pandora entrou ofegante no hospital. Estava quase vazio, mas desde que Pandora começara a trabalhar lá era assim. Apenas os médicos, funcionários, um ou dois loucos. Era assim. E estava assim quando Pan entrou. Ela olhou para a secretária Hera e se perguntou: "Por que tudo num raio de sabe-lá-Deus-quantos quilômetros foi vaporizado menos essa merda de lugar?". Dirigiu-se até a secretária prepotente e perguntou-lhe pelo Dr. Hatter, psiquiatra renomado da cidade. Hera indicou-lhe a sala e, com um sorriso perturbador perguntou: -Gostou do presente Pan? Pan olhou-a com desprezo e respondeu: - Vai pro inferno.
Pan atravessou a sala determinada, agarrou a maçaneta trêmula e entrou congelada. Dr. Hatter jazia imóvel e pálido como um mármore sobre a mesa. Estava vendado, com uma adaga enfiada na cabeça, morto.
Pálida, Pan notou que sobre a mão do médico havia um papel com os dizeres:

"Você não deveria ter aberto a caixa, Pandora.
Hatter."

terça-feira, 27 de abril de 2010

Minha mãe tá me tirando, mano.

Já não bastava o fato de a minha mãe ter orkut, MSN, facebook, twitter e jogar "O Jogo", agora ela deu pra falar "Sciome", "Tr00", "Manolo" e outros. Não que eu me incomode com o fato de ela ter aderido a inclusão digital, mas me chamar de "Mermão" foi demasiado desnecessário ein.
Ela já me bateu jogando o jogo do carro amarelo, quando eu falo 'Perdi' ela me xinga por que perdeu também, quando eu vou desligar ela diz "Falou" e ontem ela me chamou de "Mermão". É, pode rir. Não foi com você.

Eu cheguei do colégio morta de cansada e morrendo de fome. Eu tenho estado bem abalada com uns probleminhas ai, então estava meio fora do ar. Entrei em casa tropeçando e ela começou a rir perguntando se eu estava bêbada. Respondi que sim e ela riu. Entrei troquei de roupa e almoçamos como sempre.
Depois do almoço liguei o computador e quando ia abrir o MSN ela bateu no meu ombro e falou:

-Cê num quer lavar aquela louçinha não... MERMÃO?

A palavra ecoou na minha cabeça. MERMÃO. MERMÃO. MERMÃO. Com quem a minha mãe tem andado? virei pra ela perplexa e ela repetiu.

-Ein Mermão?

De novo. MERMÃO. MERMÃO.

-mãe, com quem você aprendeu esse palavreado?
-com você.
-ah tá então.
-vai lavar sciome?
-vou né boe.

Legal, invertemos os papeis. É capaz de um dia desses ela mandar um 'Abença mãe' quando eu estiver saindo. rs


Misfits





Eu assisto algumas séries.
Algumas são boas, outras não. Eu estou vendo Supernatural e Glee, e como ainda estão lançando os episódios eu fiquei sem ter o que ver essa semana. Resolvi procurar séries no random e encontrei essa série chamada Misfits. É a primeira série Britânica que eu já vi e nossa como eu odeio aquele sotaque. O enredo é bem malhado, sobre alguns adolescentes que são atingidos por um raio descobrem que tem poderes (ah que novidade...). O diferencial da série não são os poderes, sim o cenário em que se passa a maior parte da história (um centro comunitário) e os personagens em si. Alguns deles são totalmente perturbados, outros muito racionais. E não espere por gostosas nessa série. Algumas garotas são bem tensas. Outras não são bem garotas. rs. Mas ela me cativou de alguma forma. Aparentemente ela não será mais lançada pois só tem 6 episódios D: Mas eu recomendo. Preciso saber se é legal mesmo, ou se eu tava muito louca @_@

Bom, é isso ein. :* Só pra lembrar, não estou ganhando Porra nenhuma pela divulgação rs




Tem gente que tem gosto, Tem gente que tem agonia.

Eu sempre andei de ônibus. Tenho 17 anos, e desde os dez ando de ônibus. Posso até dizer que curto andar de ônibus. Pra mim, o ônibus é uma Limousine bem maior com um motorista bem filho da puta. Pra mim. Pro pessoal da minha cidade não.
O pessoal daqui ama um carro caro, muitos daqui os tem. Mas é uma merda ter carro caro aqui por que, quando chove a cidade inteira alaga, quando não chove é geralmente insuportável ficar dentro de um carro (com o ar ligado ein) e quando o problema não é chuva nem sol, os riquinhos não sabem dirigir e cagam no trânsito.
Uma vez peguei um engarrafamento agressive na ida pro colégio e passei quase uma hora dentro do carro ouvindo meu pai xingar em 3 línguas diferentes. Não curti.
Noutro dia, eu peguei uma carona com um amigo meu e a mãe dele me perguntou porque eu nunca pegava carona com eles, já que eles moram tão perto. Eu falei que normalmente preferia andar de ônibus, que até gostava. Ela me escrotizou. Mandou um belo e sonoro:

-É, tem gente que tem GOSTO, tem gente que tem AGONIA.

Certo, eu mereci. Mas em outra carona que ela me deu, e que ficamos presos no estacionamento por quase uma hora sem nem conseguir sair, ela deve ter se arrependido de ter dito isso. rs



Opa rs

OMG!


E aê? Bom, se você veio parar aqui das duas uma:
-Ou você me conhece e está rindo agora;
-Ou você caiu aqui por acidente.

Se você caiu aqui por acidente lá vão as recomendações, observações, sermões e outros ões:

1: Eu poderia dizer que esse não é um blog como os outros, mas só por dizer isso já estou afirmando o contrário, pois todos os outros blogs falam o mesmo. Então esse blog é igual á qualquer outro blog que você já viu. Ou não.

2: Eu não vou postar aqui todo dia, pois estou no terceiro ano do EM, tenho vida social e mais o que fazer. Então se eu começar a postar um conto ou outra coisa que você goste, reze pra eu já tê-lo pronto.

3: Não sou legal, nem estou fazendo isso para os outros lerem, faço por mim e para mim então desligue o PC e vá jogar pedras nas vizinhas.

4: Se você não sabe PN de inglês desista, boa parte do conteúdo do blog será postado em inglês.

5:As letras de músicas e frases entre aspas (") E as imagens postadas aqui NÃO ME PERTENCEM.

Bom amores é isso, First post, wtf, amo vocês. -N